Primeiro-ministro do Japão diz que estado de usina nuclear é “alarmante”

14/03/2011 22:26

Primeiro-ministro do Japão diz que
estado de usina nuclear é “alarmante”

 

País soltou o primeiro balanço de danos originados pelo terremoto e tsunami

O primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, disse na manhã desta segunda-feira (14) – ainda domingo no Brasil - que a usina nuclear de Fukushima continua em estado “alarmante” após o forte terremoto e o tsunami que atingiram o país na última sexta-feira (11), relatou a agência de notícias France Presse.

O tremor, o mais forte já registrado na história do Japão e um dos mais intensos da história, marcou 8,9 graus na escala Richter, gerou um tsunami, e a catástrofe já provocou quase 1.600 mortes, além de cerca de 10 mil desaparecimentos.

O país registra emergências para as usinas de Fukushima Daiichi, onde ocorreu uma explosão no último sábado, e Fukushima Daini. O Japão chegou a ter problemas com quatro instalações nucleares, as outras duas são Tokai e Onagawa, mas esta última teve os níveis de radioatividade nuclear de volta ao normal, declarou a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), de acordo com relato da France Presse.

- As autoridades informaram à AIEA que os níveis de radioatividade da usina nuclear de Onagawa tinham voltado a ser normais. O primeiro nível do estado de urgência, o mais baixo, foi decretado na instalação no domingo, depois de ser detectada uma alta do nível de radioatividade nos limites das instalações. As comprovações na usina mostram que não há emissões radioativas nas três unidades de Onagawa. A hipótese atual das autoridades japonesas é que a elevação do nível se devia, talvez, à emissão de matérias radioativas na usina nuclear de Fukushima Daiichi.

Japão conta ao menos 46 mil construções afetadas e bolsa abre em queda

O governo japonês divulgou um primeiro balanço oficial de danos do terremoto e do tsunami que arrasaram o nordeste do país na última sexta-feira (11). Ao menos 46 mil residências e prédios foram danificados pelo desastre natural, informou o serviço em inglês da emissora japonesa NHK.

 

 

A bolsa de Tóquio reagiu aos temores de que a economia do país seja prejudicada pelas catástrofes e caiu 4% na primeira sessão após o terremoto, de acordo com a agência de notícias France Presse.

O governo ainda divulgou que 5.700 construções desabaram devido ao impacto do terremoto ou foram tragadas pelo tsunami. Até o momento os maiores danos foram registrados em Iwate, com 3.056 construções nesta estatística. A localidade é seguida por Fukushima, com 2.413, depois por Miyagi, com 86, Ibaraki, com 80, Yamagata, com 38, Tochigi, com 15, Chiba, com 14, Tóquio, com três, Kanagawa, com uma, e Akita, também com uma.

A Agência da Polícia Nacional também informou danos em rodovias e pontes em ao menos 600 pontos no país. Um dique de represa ainda desmoronou em Miyagi. O terremoto, que ainda é seguido de fortes réplicas, também causou deslizamentos de terra em 66 locais em sete Províncias.