Brasil busca cidadãos em área de tragédia no Japão
Brasil busca cidadãos em área de tragédia no Japão
Mais de 250 mil brasileiros vivem no país, mas estão principalmente no sul
O Consulado do Brasil na Província de Ibaraki, na região de Tóquio, busca brasileiros que vivem ou trabalham na área, afetada pela tragédia da última sexta-feira (11), quando um terremoto e um tsunami atingiram o nordeste do Japão. Neste domingo (13) a embaixada brasileira no país asiático confirmou que há buscas sendo feitas. Até agora os japoneses já contam com o triste saldo de mais de 1.500 mortos devido à catástrofe natural.
Os trabalhos feitos por consulados e associações ainda não foram repassados ao Ministério das Relações Exteriores, pois ainda é fim de semana no Brasil, o que faz com que o governo federal não tenha detalhes sobre quantos brasileiros foram socorridos e tampouco em qual situação eles se encontram.
No Japão vivem mais de 250 mil brasileiros que constituem a terceira comunidade estrangeira. Eles estão concentrados no sul do país, parte que não foi afetada pelo sismo.
Organizações brasileiras, o governo e a embaixada em Tóquio se concentraram em estabelecer contatos entre as famílias no Brasil e no Japão desde o acidente. A Cruz Vermelha lançou no sábado um site em português, destinado a localizar e reunir familiares.
Brasileiros enfrentam agora também perigo nuclear
Pelas estimativas da chancelaria brasileira, cerca de 400 brasileiros moram em Fukushima, Província do nordeste do país. O local abrigava instalações nucleares, que agora colocam em risco a população japonesa.
Um porta-voz da chancelaria disse à agência de notícias France Presse que, em 2009, 383 brasileiros foram contabilizados naquela área.
- As estatísticas que nos passaram o Ministério do Interior do Japão são de que na Província de Fukushima havia 383 brasileiros no último censo de 2009. Estimamos que esta cifra não mudou e que são cerca de 400 brasileiros hoje na região.
Calcula-se em Sendai, uma das cidades mais afetadas pelo terremoto e tsunami, vivam entre 15 e 20 brasileiros.
O governo japonês não descarta a possibilidade de que tenha se desencadeado um processo de fusão do núcleo nos reatores um e três da usina nuclear Fukushima 1. Cerca de 200 mil pessoas foram retiradas daquela zona.